Facepalm: Na sexta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes ordenou a suspensão do Telegram porque não estava respondendo a comunicações de tribunais brasileiros e policiais. O fundador e CEO do Telegram, Pavel Durov, rapidamente se desculpou, dizendo que sua empresa havia perdido as mensagens do tribunal porque estavam verificando o endereço de e-mail errado.
O Telegram, popular entre grupos de extrema-direita em vários países, é a plataforma preferida do presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores. Alternativas, como Facebook, WhatsApp e Twitter, cooperaram estreitamente com os tribunais brasileiros que tentaram limitar a disseminação de desinformação ao desplataformar comentaristas políticos de direita radical, mas o Telegram não.
Bolsonaro tem mais de um milhão de seguidores na plataforma de mensagens, e seus aliados estão dizendo que a proibição é politicamente motivada. A mídia local relata que os apoiadores de Bolsonaro estão compartilhando guias para acessar o Telegram com VPNs.
O juiz de Moraes deu cinco dias para Apple e Google removerem o aplicativo de suas lojas. A Anatel, reguladora de telecomunicações brasileira, também concedeu aos ISPs do país cinco dias de bloqueio de acesso aos serviços do Telegram. Enquanto isso, o Telegram vem pedindo aos tribunais que suspendam a suspensão para permitir que ele nomeie um representante legal no país.
Em sua ordem, de Moraes observou que era incomum e inútil que o Telegram ainda não tivesse nomeado ninguém. De acordo com Durov, os tribunais estavam tentando entrar em contato com o Telegram por meio de seu e-mail público, que eles confessam que não conseguiram monitorar. Se pagar suas multas, comparecer perante a Suprema Corte e começar a cooperar com a aplicação da lei, de Moraes disse que sua suspensão seria suspensa.
A partir da publicação, o Telegram ainda está acessível. Sua suspensão pode ser adiada ou suspensa antes de ser implementada.
Crédito da imagem: Adem AY